Olá,
Hoje apeteceu-me escrever sobre um assunto que tem vindo a ser muito comentado, debatido na Blogoesfera.
Não é que interesse para muito, mas interessa-me muito a mim, o que vou aqui escrever.
Tenho a certeza que o sonho de qualquer mãe que deseje amamentar é fazê-lo, até o bébé o desejar, ou, pelo menos até ser bom para ambos.Esse era o meu desejo e sempre pensei que assim fosse, aliás nunca me passou pela cabeça que não o viesse a ser, era o que eu na altura considerava normal.
Sei de casos de que as mulheres já antes de saberem se o conseguem fazer ou não, não tem como objectivo a amamentação, porque parte o peito, porque é chato estar de x em x horas a amamentar, porque não descansam nada pois temos de ser nós a fazê-lo, não podemos dizer ao papá:"dá tu agora enquanto descanso", porque os mamilos gretam e são umas dores quase insuportáveis, enfim arranjam "n" justificações( não condeno, cada qual sabe de si). Também este não foi o meu caso.
Posso-vos confessar que a minha forte necessidade de amamentar não se deve ao facto, de o leite materno ser muito mais saúdavel para o bébé( sei que o é, facto), mas sim de eu ler em todo o lado e ter a ideia pré concebida que estreitava a ligação mãe/filho.
Quando o Birrinhas nasceu e por razões que já expliquei no post
Amor à Primeira Vista, ficou no berçario 48h, quando me o colocaram ao lado, este já estava habituado ao suplemento, eu dava-lhe peito, mas o comilão continuava a pedir suplemento, tivesse mamado 20 m, ou 1 h em cada peito, queria sempre suplemento. Comecei a sentir-me cada vez mais ansiosa, nervosa e rejeitada.
Comecei a frequentar uma psicóloga, aquilo estava dar cabo de mim, que me disse que eu não era uma obrigação amamentar, pois valia mais dar-lhe só o biberon , se o acto da amamentação estava ser um martirio e não uma coisa boa.A pediatra disse o mesmo, não era forçosamente necessário continuar a fazê-lo se não estava ser uma amamentação de qualidade, havia muitas muitas mães que por algum motivo não faziam e os bébés criavam-se. Claro que na minha cabeça isso não entrava, não era o normal.
Passava o tempo a ligar para amigos e familiares que não tivessem amanmentado muito tempo( queria saber qual era a ligação que estes tinham com os respectivos filhos) e a ligar para a linha S.O.S. Amamentação. Como práticamente não comia, tal era o meu estado de nervos, o leite era fraco e definitivamente não produzia a quantidade suficiente para satisfazer o meu menino.
Parei. Para bem de ambos.Mas o arrombo psicológico já cá estava e eu passava o tempo a pensar que não havia ligação entre mim e o bébé, porque eu não o alimentara o tempo suficiente com leite materno. Sofri um grande desgaste emocional, que provocou algumas consequências psicológicas que de vez ainda se manifestam como quando leio testemunhos como
este e
este e me fazem recordar como tudo deveria ter sido, se tivesse corrido como eu queria e e me dão vontade de recomeçar com a certeza de que seria bem diferente, independentemente de eu poder ou não amamentar.
Adenda: Como devem calcular o Birrinhas sobreviveu bem sem o leite materno e é um bébé muito feliz.Felizmente ainda não não deu conta que tem uma mãe tarada.
P.S. Fiz uma fogueira com todas as milhares de revistas que adquiri sobre Bébés( conselho de pessoas especializadas)
Finalmente aprendi a linkar, um obrigada a quem me ensinou.
Beijinhos
Vera