terça-feira, outubro 18, 2005

Amor de Avô

Sou filha única.Desde que me lembro, nunca tive uma relação muito afectiva com o meu pai, nunca há uma conversa sobre as nossas vidas, um perguntar como foi o dia, uma palavra de elogio, uma palavra de motivação, um levantar de Ego, , um beijinho espôntaneo, um abraço mais forte, um colinho saboroso, o fazer o impossível pelo bem estar dos nossos,mesmo que vá contra a nossa maneira de ser.Faz parte do seu feitio, mas que eu nunca entendi, pois toda eu sou tacto, o toque é o meu elemento.Sei que gosta muito de mim, mas nunca o disse e a maior parte das vezes não o soube demonstrar, sempre preferiu fazer me sentir diminuida, talvez para me dar impulso para fazer melhor. Sei que ficou muito orgulhoso quando tirei a carta, quando terminei a faculdade, que se sente bem por eu ter um emprego que me permite uma boa vida, um marido que me faz feliz( apesar de o estar sempre a picar), mas nunca me o disse. Acho que não tem capacidade para o fazer, melhor, não sabe como o fazer, talvez porque nunca foi habituado a demonstrar os seus sentimentos. Sempre me senti revoltada com isso, às vezes rejeitada. No entanto estes meus sentimentos de tristeza e vazio, diminuiram quando nasceu o Birrinhas e o apresentei ao avô. É um avô espectacular, adoro ver a relação dos dois, são doidos um pelo outro.É capaz de tudo pelo neto, faz coisas que eu nunca pensei que fosse capaz de fazer e eu adoro porque é como se o fizesse a mim. A minha mãe diz que também era assim comigo, todo vaidoso e orgulhoso, pois, mas eu não me recordo, devia ser mesmo muito pequenina.O que interessa é que vou sempre estimular a relação avô/neto.

9 Comments:

At 9:36 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 9:37 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 9:44 da manhã, Blogger Vera Angélico said...

É quase sempre assim. Os pais que pouco demonstram afecto, acabam por se tornar avós cuidadosos e cheios de amor. Dizem que ser avô é ser pai duas vezes. E ainda bem que assim é.

Beijinhos para todos!

 
At 10:13 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Costuma-se dizer que é um amor muito próprio e único... Como se fossem os melhores amigos desde sempre..

Beijinhos, Rita Mendes

 
At 12:09 da tarde, Blogger Ana Santos said...

Olá,
O meu pai também era pareçido com o teu, secalhar nunca tiveram carinhos por isso não o sabem demonstrar, mas ele com as netas tinha muita paciência e até fazia passeios com elas.
Podes crer que o teu pai gosta muito de ti embora não o demonstre.
Beijinhos,
Ana e tesourinho + anjinho

 
At 12:11 da tarde, Blogger XanaA. said...

Percebo-te.

As pessoas são diferentes: umas são mais calorosas do que outras, o que se deve a inúmeros factores. Mas, para mim, acho que o amor faz muito mais sentido se houver toque, palavras meigas e afins:)

Gosto do novo look do teu blog;)

Bjs

 
At 3:03 da tarde, Blogger Wellen said...

Eu quero ser um pai babado até ao fim dos meus dias sempre a abraçar e beijocar a M. (e os que virão), a icentivá-la em tudo. Não quero olhar para trás e ver que podia ter feito diferente. Sou muito solitário no que diz respeito aos sentimentos, fruto do meu crescimento, mas espero mudar com a ajuda das minhas duas mulheres.
Ao ler este teu testemunho lembrei-me da minha existência e história... que é semelhante mas diferente... mas nem por isso melhor...

xanaa. o novo look do blog Birrinhas.com não te faz lembrar nada? loool

 
At 9:07 da tarde, Blogger Goddess of Nurturing & Wellness said...

Olá Vera,
Obrigada pela v/visita no n/cantinho!
Gostei do teu blog, gostei particularmente deste post. Um beijinho e ficamos à espera de mais visitas. Eu com toda a certeza tornar-me-ei vossa visitante assidua.
Beijinhos
Filipa

 
At 5:25 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu

 

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